AS MESMAS COISAS, GRAÇAS A DEUS!

“Finalmente, meus irmãos, alegrem-se no Senhor! Escrever-lhes de novo as mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês.”

(Filipenses 3.1)

A maioria de nós sabe coisas muito boas. Na média, quase todos sabemos uma forma melhor de gerenciar o tempo ou as finanças. Também sabemos razoavelmente bem como alimentar-nos de forma mais saudável. Temos também boas receitas sobre como criar filhos (especialmente antes de ter os nossos) e sobre como obter sucesso no casamento (especialmente antes de nos casarmos). Mas o problema é que a vida não é resultado direto do que sabemos, mas do que fazemos com o que sabemos! Por isso Paulo está voltando a dizer as mesmas coisas. Talvez as mesmas que ele já havia dito pessoalmente ou por meio de alguma outra carta. Era preciso repetir.

Como bem escreveu e cantou Beto Guedes, “a lição sabemos de cor; só nos resta aprender”. Aprender as lições as vezes exige voltar muitas vezes aos conceitos, exige fortalecer os pensamentos e as ideias. Por isso Deus orientava os israelitas no Antigo Testamento: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.” (Dt 6.6-8) Estamos diariamente buscando e recebendo muitas informações, repetidamente. Quantas delas cooperam com nossa fé? Assistimos seriados e novelas. Mas e quanto a nossa busca por Deus?

Não devemos subestimar o poder da repetição e, por isso, devemos persistentemente ler e meditar nas Escrituras. Devemos também avaliar nossos hábitos e as coisas que preenchem nosso tempo e ganham nossa atenção. Elas acabarão por nos afetar. Segundo Paulo, voltar a ensinar as mesmas coisas, falar novamente sobre a graça e a paz de Cristo e os valores e deveres cristãos era para os filipenses “uma segurança”. Logo, há então um perigo. Devemos ter cuidado pois, afastados da busca diária de comunhão e aprendizado com Deus, as verdades que nos sustentam podem, em pouco tempo, ser esquecidas. E, uma vez esquecidas, nos pareceram ilusões. E neste ponto, abandonaremos a fé. Há muitos que caíram nessa armadilha. Que, como diz a canção, possamos sempre voltar ao primeiro amor, voltar às primeiras coisas. Voltar aos pés da cruz onde Cristo morreu por nós para que tivéssemos vida, e vida abundante.

“A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o seu espírito”

(Filipenses 4.23)